Santa Casa realiza cirurgia inédita de MILA
Procedimento estético trata flacidez abdominal por videolaparoscopia
A Santa Casa de Piracicaba realizou sua primeira cirurgia estética de lipoabdominoplastia minimamente invasiva, também conhecida por MILA , abreviação do termo em inglês Minimally Invasive Lipoabdominoplasty.
O procedimento ocorreu em uma mulher de 43 anos e foi conduzido pelo cirurgião plástico Matheus Masson (CRM 140.455) com apoio do cirurgião do aparelho digestivo Henrique Cesta (CRM 144 216), da cirurgiã Isabele Dias (CRM 177.386) e do anestesista Edirson de Araújo Pereira Jr (CRM 112.570), coordenador médico do Centro Cirúrgico da Instituição.
“Esta foi uma das primeiras vezes que este procedimento foi realizado no interior do estado de São Paulo. Essa técnica visa para tratar pacientes que apresentam abaulamento no abdômen em decorrência da separação dos músculos abdominais, condição também chamada de diástase, além da gordura localizada e flacidez, comum após a gestação, disse Masson.
Ele revela que as pacientes com diástase nem sempre são obesas ou tem grande excesso de pele, ou seja, não há necessidade de retirar muita pele como na abdominoplastia tradicional, (técnica na qual é realizada uma grande incisão para aproximar a musculatura abdominal e ao mesmo tempo retirar o excesso de pele em avental, o que resulta em uma cicatriz extensa no abdome inferior).
Masson explica que, mesmo com peso adequado e sem excesso de pele, as pacientes não conseguem eliminar o abaulamento abdominal decorrente da diástase apenas com exercícios físicos, além dessa condição também estar associada a lombalgia e incontinência urinária.
“A M.I.L.A é realizada por meio de três pequenas incisões de 1,5 cm, pelas quais, através da videolaparoscopia, é possível aproximar a musculatura por intermédio de uma sutura com fio especial. Pelos mesmos orifícios, também realiza-se o tratamento da gordura por lipoaspiração, e a flacidez de pele com tecnologias de retração e estímulo de colágeno”, esclareceu.
Segundo o cirurgião, a técnica permite tratar a flacidez sem ter que fazer grandes incisões, como ocorre na abdominoplastia, cuja cicatriz atravessa toda a extensão da barriga. “Neste caso a cicatriz é muito discreta, fruto de uma cirurgia bem menos invasiva, com menor agressão aos tecidos, menor tempo de recuperação e brevidade no retorno às atividades normais”, disse Masson, ao apontar uma das vantagens da técnica.

Fernanda Moraes
