Obesidade: impactos, tratamentos e soluções

Em tempos atuais, os desafios e abordagens para combater a obesidade e promover uma vida mais saudável

Embora a obesidade seja frequentemente definida pelo simples acúmulo de gordura corporal, a realidade por trás dessa condição é profundamente complexa. Segundo o gastroenterologista João Secamilli, do Santa Casa Saúde Piracicaba, esse quadro é moldado por uma interação entre fatores genéticos, ambientais, comportamentais e metabólicos. No Dia Mundial da Obesidade, 04 de março, entender essa complexidade é essencial para abordar eficazmente os diferentes graus de obesidade e suas implicações para a saúde.

A obesidade é um problema global que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e que requer uma abordagem colaborativa e multidisciplinar para enfrentá-lo de forma eficaz. “Além do impacto na autoestima e qualidade de vida, a obesidade está associada a um maior risco de desenvolver uma variedade de complicações de saúde, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, distúrbios respiratórios, problemas articulares, entre outros”, explica o médico

De acordo com Secamilli, o diagnóstico e tratamento da obesidade geralmente envolvem uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir mudanças no estilo de vida (como dieta balanceada e aumento da atividade física), intervenções comportamentais, tratamentos farmacológicos sob prescrição médica e, em casos selecionados, intervenções cirúrgicas, como a cirurgia bariátrica.

“O tratamento ideal para a obesidade varia de acordo com as necessidades individuais de cada paciente e é geralmente realizado sob a orientação de profissionais de saúde especializados”, salienta.

Segundo Secamilli o tratamento da obesidade também depende do grau em que a pessoa está. Em casos de sobrepeso por exemplo, mudanças no estilo de vida, como escolhas alimentares saudáveis e a prática de atividade física já surtem efeitos positivos. Há casos ainda quem também são necessárias terapias comportamentais, que podem ajudar os pacientes a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento relacionados à alimentação e ao exercício, para assim conseguir resultados.

“Se o grau de obesidade for dois, por exemplo, muitas vezes são necessários o uso de medicamentos para auxiliar na perda de peso. Estes medicamentos podem funcionar de diferentes maneiras, como suprimindo o apetite, reduzindo a absorção de gordura ou aumentando a sensação de saciedade”,explica o médico.

Já cirurgia bariátrica, segundo Secamilli, é uma opção considerada em casos de obesidade grave ou obesidade comorbida, quando outras intervenções não foram eficazes. “Esta cirurgia envolve a redução do tamanho do estômago ou a alteração do sistema digestivo para limitar a ingestão de alimentos e promover a perda de peso”, explica o médico.

“Vale lembrar que a decisão de realizar a cirurgia bariátrica é individualizada e deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa do paciente, levando em consideração fatores como seu estado de saúde geral, histórico médico, tentativas anteriores de perda de peso e sua capacidade de cumprir com os requisitos pré e pós-operatórios”, ressalta Secamilli, ao enfatizar ainda que a obesidade precisa ser acompanhada e tratada desde a infância.

Foto : Gastroenterologista João Secamilli, do Santa Casa Saúde Piracicaba, fala sobre obesidade
Comunicação Santa Casa de Piracicaba

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